Páginas

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Câmaras na Rocinha falharam no dia do sumiço de Amarildo, diz relatório

Segundo documento pedido pela PM, câmeras estavam sem imagem.
Firma tem 80 equipamentos na comunidade; só 2 pararam no dia.


A empresa Emive, responsável pelas duas câmeras instaladas na UPP da Rocinha, Zona Sul do Rio, emitiu um relatório pedido pela Polícia Militar em que afirma que ambos equipamentos de filmagem no local deixaram de funcionar justamente no dia do sumiço do pedreiro Amarildo, dia 14. Segundo a família, ele está desaparecido desde que prestou depoimento na sede da Unidade de Polícia Pacificadora na comunidade. As informações são do RJTV.

No dia seguinte ao sumiço, um técnico da Emive constatou que o equipamento estava queimado. De acordo com a empresa, o equipamento estraga com frequência em redes elétricas instáveis. Apesar disso, das 80 câmeras da Emive na Rocinha, apenas as duas da UPP apresentaram problemas naquela noite.
A Polícia Civil informou que o delegado titular da 15º DP (Gávea), Orlando Zaccone, está analisando as imagens das câmeras instaladas em outros locais na comunidade da Rocinha e os GPS das viaturas da PM, na busca por pistas que levem ao paradeiro do pedreiro,
Na noite desta terça-feira (30), um corpo encontrado na localidade do Valão, na Rocinha, deixou a família de Amarildo apreensiva. Familiares foram ao local, mas informaram que o corpo era de uma mulher.

Entenda o caso
Amarildo Souza Lima, conhecido como "Boi", sumiu logo depois de prestar depoimento a policiais da UPP no dia 14. Após vários protestos de moradores, que chegaram a fechar a Autoestrada Lagoa-Barra duas vezes, nos dias 17 e 19, e do início da investigação, a Polícia Militar informou o afastamento dos serviços operacionais de quatro PMs envolvidos no caso. Os afastados atuam na UPP da Rocinha e irão trabalhar administrativamente na Coordenadoria de Policia Pacificadora (CPP) até a conclusão do inquérito.

DH vai assumir investigação
De acordo com o delegado Zaccone, as investigações estão em andamento. Os policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, familiares e vizinhos de Amarildo já prestaram depoimento no inquérito que será remetido para a Divisão de Homicídios (DH) nesta quarta-feira (31), quando completa 15 dias do registro do desaparecimento. O caso deve ficar a cargo do setor de Descoberta de Paradeiro da DH.


Segundo Zaccone, os GPS das viaturas estão sendo analisados e as câmeras de segurança da Rocinha foram encaminhadas à perícia. Ainda segundo o delegado, na quinta-feira (25), os agentes da delegacia estiveram na localidade conhecida como Alto da Dioneia, na comunidade, onde havia informações que Amarildo poderia ter sido enterrado, mas nada foi encontrado.
Ainda nesta terça, agentes da 15ª DP (Gávea) realizaram, buscas ao corpo do pedreiro em um depósito da Comlurb, no Caju, na Zona Portuária do Rio, mas nada foi encontrado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário